Naquela esquina, um muro escuro, pichado de dores, lamurias, sussurros. Ando cansado, com os pés doloridos, de tanto correr, sem rumo em círculos. Já mudei o mundo, o meu e o seu, hoje eu só quero, um descanso profundo; Não estou desistindo, nem me rendendo, só implorando o seu colo e alento. Danço sem ritmo, em meio ao salão, como o meu par, a cruel solidão. Sei que preciso daqui ir embora, mas me enlaça lembranças de outrora. Meu precipício, começa em você, que me domina, me consome o viver. Já fatigou, tantas palavras, que dos meus dedos, brotam e se alastram. Não tenho paciência para lamentação, alguém dá um tiro no meu coração? Então renascer, das cinzas refaço, escancaro o espaço, pro amor florescer; Olho pro Céus, faço um clamor, oh Pai eu te peço, quero morrer de amor! Vital, V. 08/01/2014 -Desenterrado do meu baú de gavetas pseudo-poéticas.