O céu nunca esteve tão pulcro. O azul nunca foi tão capri, brincando de ser celeste. A brisa que sopra na minha janela nunca pareceu tão límpida, vítrea. O verde, que pouco consigo enxergar do nono andar do meu apartamento, parece mais vivo do que em qualquer outro momento dos meus quase 30 anos. O som dos pássaros, que eu já não ouvia mais, agora me parecem intenso e desanuviados. E as pessoas,essas me parecem tão mais especiais do que jamais foram pra mim. Estou sentada de fronte ao meu horizonte delimitado em 1,20 x 2,00, chamado também de janela apreciando com um jazz de fundo e uma taça elegante na mão: o fim do mundo. Dói fundo, uma consternação a cada dia longe de quem amo. Lancina a conscientização da realidade. Só torna ainda mais burlesco esse texto, em forma de prosa, a catástrofe pandêmica em que fomos arremessados e não conseguimos insurgir. Mas qual barbá
E tenho dito, ponto final, paramos por aqui e fim de prosa! Podemos conversar?