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Mostrando postagens de 2018

Ansiedade

Eu dou uma garfada. Adoro esse sabor. Peixe assado. Me lembra tempos de outrora. Tempo aquele onde eu não tinha medo de pensar, de falar e mais ainda, não tinha medo de não os podê-los mais faze-los. A comida trava na boca. Ânsia. De novo? Mais um dia me roubando o momento, o prazer, a serenidade. Me levanto, cuspo o que não desce, pois, a garganta está cheia demais para essa última garfada. Há tantos sapos, desaforos, gritos, que me obrigam a desfazer-me de você, caro peixe assado. Passo mal. Deito na cama. Ela é tão proporcionalmente quente e macia que quase me sinto abraçada. Tenho um colchão novo. Resistente, massageia minhas costas como numa grande sessão de shiatsu. Meia luz, gosto assim. Sem roupa, me entrego ao leito que me aguardou ansioso o dia todo. Estou tão cansada, tão fatigada, preciso esmorecer ali. Barulho .                                                Onde?  Na minha cabeça. Desperto, com olhos cerrados, cabeça pesada e dores no corpo. E lá vem você me rou

Chuva.

A leveza do orvalho com a força da tempestade. A gente é chuva. E é amor. Numa constante assimétrica, sem sequência temporal, sem julgamento de prudência; simplesmente é. Amor. Sem medo de tudo que essa palavra carrega. Você esbarrou em mim, tentou passar reto – não deu. Seus olhos já estavam presos ao meu e nossa respiração já alinhada na mesma frequência. Foi ali... Ali eu soube que meus planos tinham ido por água baixo; Ali eu desarmei. Eu ali, desaguei. Ali eu te olhei. Eu ali o cabelo joguei. Ali eu te beijei. Foi ali, naquela fração de segundos, que eu entendi que nada podia ter dado certo até aqui; Era você Sempre foi você.                    E assim seremos nós. São tantos sonhos, tantas vontades resumidas na simples vontade de estar junto. E agora somos potência, somos nós contra o mundo e o mundo todo a nosso favor. Então te faço um convite: Dança comigo todos os dias das nossas vidas?   Vi

Coragem.

Aprendi que a coragem não é a ausência do medo, mas o triunfo sobre ele . Nelson Mandela Estava na fila da cafeteria pela manhã. Logo a minha frente estava o amor da minha vida -  não sei seu nome, então preferi chamá-lo assim - aguardando sua vez de passar no caixa. Fiquei ali observando cada detalhe que nele existia; encantada com o contraste da tatuagem escapulindo pela manga da camisa dobrada, as mãos grandes e bem desenhadas, a barba mal cortada, a nuca... Ah a nuca... Ele me olhou, sorriu e saiu. Enfim, talvez o homem da minha vida estivesse ali, na minha frente, a dois cappuccinos de distância e eu nada fiz.          Esse fato, incomodo, me levou a uma reflexão e agora te convido a vir comigo: E SE TIVÉSSEMOS CORAGEM? E se tivéssemos coragem de falar com quem queremos? E se tivéssemos coragem de tentar o que julgamos improvável? E se tivéssemos coragem de nos posicionar frente ao que não concordamos? E se tivéssemos coragem de  encarar nossos medos? E se t