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Mostrando postagens de novembro, 2016

Morada

Você morou em mim.  Você nem sabe, mas já morávamos juntos quando eu tropecei naquele fio em meio a Paulista, sai desajeitada e todos riram de mim. Você não,  você sorriu para mim . Ali você já começou sua chegada . Na manhã seguinte eu mudei meu caminho só para tropeçar de novo, dessa vez não no fio, mas em você. Você morou em mim nas padarias do fim do dia, se recorda? Cara, se felicidade tem sabor, era daquele pão na chapa que eu mal tocava de tantas borboletas que dançavam no meu estomago. Você morou em mim no dia que fomos ao cinema assistir aquela regravação que você tanto gostava e eu fingia conhecer para me fazer interessante. Minha pele incendiava  e meu corpo tremia, eu esbarrava meu braço no seu e dava estática. Sua pele me dava choque e seu sorriso adrenalina . Você era um “barato” e tanto. Sua morada se expandiu naquele beijo que eu te roubei, porquê eu não tinha nada a perder, você já era meu tudo e de fato era tudo ou nada. E realmente nada... Nada fazia sentido

Deixa pulsar.

Inspira, respira, inspira, respira... Mais forte, segura... Solta! Agora mais forte, mais forte, mais rápido, mais forte, mais, mais... Sabe aquela veia do pescoço? A jugular? Que lateja? Essa mesma, que leva o sangue venoso diretamente para o crânio. Então... Deixa ela pulsar! Deixa escorrer, deixa transbordar, deixa estourar o laço, os cabos, o ligamento, a gente dá um nó bem forte, cego, com venda de cetim. Deixa subir, deixa correr, deixa esparramar, mas por favor, deixa fluir... Não me importa o que te move, contanto que te tire de inércia do comodismo conformado do "seguro". Balança, vai, nesse ritmo esquisito que só faz sentido pra você. Dança, requebra, mexe essa cintura e muda o curso da sua vida; Constrói sua história da forma que te faz gozar, regojizar, transcender. Pinta a página com cores que chocam, que vibram. Escreve de ponta cabeça, começa de trás pra frente e rabisca por cima. Mas por favor, deixa pulsar. Elenca suas paixões, reorganiza, provoca combus