Você morou em mim.
Você nem sabe, mas já morávamos juntos
quando eu tropecei naquele fio em meio a Paulista, sai desajeitada e todos
riram de mim. Você não, você sorriu para mim. Ali você já começou sua chegada.
Na manhã seguinte eu mudei meu caminho só para tropeçar de novo, dessa vez não
no fio, mas em você.
Você morou em mim nas padarias do fim do dia, se recorda? Cara,
se felicidade tem sabor, era daquele pão na chapa que eu mal tocava de tantas
borboletas que dançavam no meu estomago.
Você morou em mim no dia que fomos ao cinema assistir aquela
regravação que você tanto gostava e eu fingia conhecer para me fazer interessante.
Minha pele incendiava e meu corpo tremia, eu esbarrava meu braço no seu e dava
estática. Sua pele me dava choque e seu sorriso adrenalina. Você era um “barato”
e tanto.
Sua morada se expandiu naquele beijo que eu te roubei, porquê
eu não tinha nada a perder, você já era meu tudo e de fato era tudo ou nada. E
realmente nada... Nada fazia sentido sem você.
Você foi habitando cada pedaço do meu ser, em cada história
dividida, cada memória construída, cada vaidade sucumbida, cada noite mal
dormida e bem vivida, cada sonho validado, cada gosto revelado, cada retrato tirado,
cada acorde inspirado, tudo isso meu te arrastou, pro meu mais blindado lado: o
de dentro!
E você morou, bagunçou, enraizou e não ficou. Foi embora
dessa casa, saiu pela porta levando sua tigela da sorte, o disco do Blink e uma boa parte do meu coração.
E que coisa não? Mesmo não estando mais aqui, sua presença ainda
mora em mim.
Vital,V.
Aiiii V!
ResponderExcluirQue textoooo!
Parece real menina! espero que não seja uma história de amor que tenha chegado ao fim... fiquei encucada porém, deslumbrada com mais um conto de amor sem fim!
Ó só, até rimou!
bj pra vc.