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Mostrando postagens de outubro, 2018

Ansiedade

Eu dou uma garfada. Adoro esse sabor. Peixe assado. Me lembra tempos de outrora. Tempo aquele onde eu não tinha medo de pensar, de falar e mais ainda, não tinha medo de não os podê-los mais faze-los. A comida trava na boca. Ânsia. De novo? Mais um dia me roubando o momento, o prazer, a serenidade. Me levanto, cuspo o que não desce, pois, a garganta está cheia demais para essa última garfada. Há tantos sapos, desaforos, gritos, que me obrigam a desfazer-me de você, caro peixe assado. Passo mal. Deito na cama. Ela é tão proporcionalmente quente e macia que quase me sinto abraçada. Tenho um colchão novo. Resistente, massageia minhas costas como numa grande sessão de shiatsu. Meia luz, gosto assim. Sem roupa, me entrego ao leito que me aguardou ansioso o dia todo. Estou tão cansada, tão fatigada, preciso esmorecer ali. Barulho .                                                Onde?  Na minha cabeça. Desperto, com olhos cerrados, cabeça pesada e dores no corpo. E lá vem você me rou