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Mostrando postagens de setembro, 2014
Saudade "Seja quente ou seja frio, não seja morno que eu te vomito." Apocalipse 3:15-16 Acho que este é o ponto onde mais me assemelho a imagem de Deus. Eu repudio coisas mornas, com todas as minhas forças e vísceras. Ou arde ou congela. Sempre fui extremista, corajosa em sentir toda a intensidade de todas as sensações disponíveis a mim. Até chegar no meu calcanhar de Aquiles... A saudade! Peninha foi muito tolo quando disse que “saudade é melhor do que caminhar sozinho”! Mentira! Saudade é o pior tipo de solidão, é aquela que nem a multidão pode suprir. Está ai um sentimento que não faço a menor questão de absorver, viver, me entregar! Sou covarde quando se trata dessa “zinha”. Oh bichinha pra machucar, corroer, atormentar. Sei que saudade é ainda mais densa do que um “I miss you” e quase impossível escrever sobre ela! É como uma coceira que fere. Um peito cheio de saudades perde espaço para todos os  outros sentimentos. Ela domina, revira, sufoca..
Cumplicidade Aconteceu comigo! - Comigo? -Não, comigo! - Então foi comigo... Cumplicidade, eis o elo que sustenta nossa existência. O que seria do ser sem seus cúmplices? Ele simplesmente não seria. Existem pessoas, cujas quais ouso a dizer que não são humanas, são fragmentos da nossa alma espalhadas por ai. A ligação é tão forte, mas tão forte, que ultrapassa nosso querer. Existem peças chaves e cruciais na minha trajetória, que    nada  faria sentido sem elas.  O brilho no olhar, o sorriso rasgado, o choro que pulsa, o coração que trepida, o meu, o seu, o nosso. Já não sei quem é você ou quem sou eu, só sei que somos, e somos mais fortes juntos. Essa união me fez ser plena, sozinha, pois quando não está ao meu lado, está do lado de dentro, onde fez morada e me permitiu gozar da mesma luz. O velho clichê do uma vida em dois corpos se faz concreto. Dores amenizadas pelo afago do compartilhamento, alegrias multiplicadas pela euforia das somas, cabeças pensantes e incessantes
Sound of the day Preciso demostrar pra ela que mereço seu tempo Pra dizer um pouco das ideias novas Dos lugares de onde viajei Se ela botar fé na minha história Que é louca mas não é besteira não Vou estender o pano mais bonito feito na ilha de Madagascar Um bob, um djavan, um jimmy na viola Com humildade de que sabe onde quer chegar Reparei a flor no seu vestido Só guerreiro de aurea boa pode merec er E ela parou, olhou, sorriu, me deu um beijo e foi Embora Não vi mais a gata mas tenho minha gaita pra me Consolar Andei só pela noite Cantei um reggae pros cachorros da rua Andei só, pela noite Cantei um verso daquele velho samba pra lua Andei só, pela noite Tudo bem a vida continua Andei só, pela noite... -Andei Só-Natiruts-
A mão no ombro Nunca fiz o tipo coitadinha, aliás, tenho fobia de piedade, seja a auto ou seja dos outros. Tenho pena de quem sente pena de mim. Tachada de auto - suficiente desde pequena, onde já sabia qual meia calçar e como eu arrumava meu estojo de lápis de cor, cresci acreditando em mim e só. Nunca fui de relaxar no banco do passageiro ou deixar ser conduzida. Tinha problemas em excursões de escola, em visitas a museus e parques, dizia sempre para minhas amigas:-“Venham comigo, eu tenho um caminho melhor!” e por mais que estivesse perdida e morrendo de medo de não encontrar a “tia” da escola, eu as convencia de que sabia exatamente o que estava fazendo e a emoção tomava conta. Quase sempre dava tudo certo no final. Quase, enfim... Os anos se passaram e fui me tornando uma mulher incrivelmente segura e independente, cada vez mais dona de mim e dona das situações, certa ou errada, sempre dei um jeito de provar minha inocência e ouvir pelo menos um “é, pensando por esse la
(...) Sentei-me em frente ao  computador e vi a imagem de Santiago na tela, ele não sai da minha cabeça, do meu corpo, seu cheiro está impregnado em mim. Por quê? Por que me tratou com tanta indiferença, o que será que aconteceu no fim daquela noite que  a pudesse tê-la estragado? Mas se algo de ruim aconteceu, porque ele me deixou aquele bilhete? Tantas dúvidas, que agonia tamanha... Hoje escreverei sobre bipolaridade:  “De acordo com a Wikipédia, o distúrbio bipolar é uma forma de transtorno de humor caracterizado pela variação extrema do humor entre uma fase maníaca ou hipomaníaca que são estágios diferentes pela gradação dos seus sintomas, hiperatividade física e mental, e uma fase de depressão, inibição, lentidão para conceber e realizar ideias, e ansiedade ou tristeza. Juntos estes sintomas são comumente conhecidos como depressão maníaca. Mas de acordo com a minha concepção, são seres com alma tão grande, capazes de comportar duas pessoas distintas dentro de si. Imagine
Catando Caquinhos "Catando caquinhos, agachada ao chão; Nas pontinhas dos dedos, o seu coração. Menina cansada, de tanto penar, levanta do poço, bem devagar; Vestido molhado, de tanto chorar, arranca a página, não quer mais pensar. Se ergue em um instante, encara o vento, nas pontas dos pés, se põe confiante em seu pensamento. Nos primeiros passos, tropeça e se perde, pois era você, o seu alicerce; Uma hora ela aprende andar sob brasas, Um dia renasce, descobre a si mesma, deixa você e  vai embora em suas asas." Vital, V.
No dia em que "ocê" foi embora, eu fiquei sentindo saudades do que não foi lembrando até do que eu não vivi, pensando em nós dois (...) Pois no dia em que "ocê" foi embora, eu fiquei sozinho no mundo, sem ter ninguém, o ultimo homem no dia em que o sol morreu. - Lenine
Um pouco mais de tempo... “Em um bar com alguns conhecidos (uns mais outros menos!) ouvia atentamente o assunto da rodada,- entre uma cerveja, outra e mais outra-, os anseios de cada um ali. No bar, todos sorriem, ou choram, mas todos são “muito”. Sempre me questionei o porque dessa efusão causada por uma mesa cheia de copos, rodeada de cadeiras. Há ali uma energia intensa que absorve e suga o que temos de melhor e pior. Enfim. A moça de blusa clara e cabelos encaracolados ansiava a remoção de uma tatuagem, caso antigo, erro adolescente, dizia que era o que mais queria, apagar da pele lembranças que machucavam. Tolinha, mal sabia ela que o que ela queria apagar estava na alma e ali, laser algum alcançava. O bonitão de camisa social, já pra fora da calça, falava de politica e o quanto o Brasil não tinha condições de ser berço para jovens promissores. Ele queria morar em NY, ganhar dinheiro e trocar de carro. Ali fui observando o que era prioridade para cada um. Um rapaz magrelo e
“ Amor igual ao teu, eu nunca mais terei...” Nando Reis, acredito que precipitadamente, compôs essa canção se referindo a uma pessoa especifica, provável que no auge de sua paixão (e arrependimento, por ter ido embora e agora querer resgatar o que perdeu!), acreditando piamente que nunca mais amaria alguém como amou ou ama essa tal. Desculpe-me a ousadia de contestar tamanha genialidade, venho humildemente, apenas fazer um adendo. Quantas pessoas somos capazes de amar na vida? E amar simultaneamente? E quantas vezes somos capazes de nos refazer? Você respondeu finitas? Eu acho que não... Amor é um troço que realmente não se mede, não se pede e nunca, jamais, de maneira alguma se repete! O fórmula matemática você + eu = uma reação química , é assim, como uma arcada dentária ou uma digital, única e que representa quem vocês são, ou serão ou apenas foram. Cada ser humano que passa em nossa vida, desperta em nós sensações e sentimentos singulares. Os mais experientes, já lo