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Mostrando postagens de março, 2015

As Mulheres Cheias de Tudo!

Porque os homens morrem de medo das mulheres cheias de tudo? Elas vem num combo aparentemente interessante: são sagazes e engraçadas, inteligentes e instruídas, dirigem seus próprios carros e sabem escolher bons vinhos, vão para estádios e sabem claramente a diferença de impedimento e tiro de meta; tem opiniões formadas e embasadas sobre tudo e um pouco mais, leem livros, fazem agachamentos, saem da terapia atrasadas para a drenagem, passam na Cobasi e vão para depiladora. Na manicure uma mão na água morna e a outra no Blackberry da empresa, elas fecham contratos milionários e preparam um brigadeiro delicioso. Correm 6 km no parque e se jogam no sofá entregando-se ao Netflix. Debatem e rebatem argumentos duros em salas de reuniões, mas choram assistindo pela milésima vez “Um amor pra recordar”. Elas são quentes, cada vez mais quentes, gostam de sexo e exigem qualidade, querem ser saciadas, satisfeitas e surpreendidas. São mulheres elegantemente despojadas, autossuficientes e indep

Erronia.

Ela vivia num erro constante, ora errando, ora errando descomunalmente tentando corrigir o erro preterido. Nada mais errôneo do que suas incansáveis tentativas de reparo imediato altruísta de situações caóticas ocasionadas por seu profundo egoísmo incontrolável. Ela tinha um coração bom aos olhos dos outros, mas mau aos seus próprios. Discernia com clareza o certo e o errado e ainda assim optava pelo que lhe convinha, pelo que lhe dava prazer. Uma mente brilhante, subvertida aos seus desejos mais impuros. Apeada de forma néscia, põe a prova valores e princípios, regida pelas tangidas batidas de seu coração. Uma sucessão estrondosa de erros, balburdia,  máculas, avarias , permeado de poesia, boas intenções e olhares afetuosos. Entre penitencia e contemplação, não sabe se entrega-se ao ato penitencial ou a combustão, se goza de suas delícias ou intensifica o cilicio. Há sangue por toda parte, nas mãos dos murros dados na ponta da faca, da espada, da cara . Há sangue nos pés,

Romancear

Meus dedos estavam ansiosos e meu coração saudoso em se derramar por letras e versos! Tenho vivido mais do que escrito, coisa rara de se ver, mas o velho gosto de romance antigo, é sempre bom de recordar ( Salve Bidê ou Balde ). Romancear , nome deste texto ( acabei de definir ) e arte a qual domino com um toque de desastre. Ao longo dos anos fui metamorfoseando meu “lance” com o romance. Hoje, mais maduro e pé no chão, regado com uma pitada sadia de ceticismo e muita, muita profundidade neste tema. Dessa maneira, venho romanceando por onde passo. Longe de ser uma estrita relação homem e mulher ( ou homem com homem, mulher com mulher, enfim !), o romance é uma filosofia de vida, é uma cor proveniente de uma infinidade de sentidos, sabores, cheiros e sons. É a forma de encarar a vida, e por mais patético que parece ser ( ou talvez seja !), enxergar beleza em todas as circunstâncias e realidades. Sou do tipo romântica moderna, que acredita nesse papinho piegas de amor, almas