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Mostrando postagens de dezembro, 2022

Sua existência;

  Eu amo tanto a sua existência que transcende a sua matéria e as mil e uma formas – lindas – que ela assume. Eu amo tanto sua existência que não me importo os voos que você alce, eu sigo admirando suas cores e curvas. Eu amo tanto sua existência que eu fico para você ir, se assim for necessário. A vida é muito melhor te contemplando. Eu amo tanto a sua existência que vivo ansiosa para o próximo capítulo de você. Eu amo tanto sua existência que danço no furacão que você causa. Eu amo tanto sua existência que eu mergulho no dilúvio que vem de você. Eu amo tanto sua existência que aprendo todo dia um pouco mais sobre os lugares que habita. Eu amo tanto sua existência que te olho de dentro pra fora e não sei qual é seu ângulo mais bonito. Eu amo sua coragem, que é insana e mal compreendida. Eu admiro suas escolhas, fora dos padrões que enfiamos na sua garganta e você vomitou, um por um. Eu me oriento com sua bússola dos caminhos. Eu me escondo debaixo das suas asas n

Ponto de Convergência

  Eu reli todos os textos desse blog e percebi pontos convergentes na minha vida. Tirando o fato de repetir incansavelmente a palavra “rompante” em todos eles – me perdoem por isso – eu caminhei até aqui presa a uma montanha-russa sem controle. Felicidades extremas, tristezas fatais. Eu morri e renasci como a fênix mais antiga da mitologia. Eu me rasgo por completo, me desfaço, me estilhaço... Eu não tenho a mínima compaixão da minha alma. Eu sou a suicida que se mantém viva para gozar do sofrimento da própria morte. Eu me jogo em frente aos trens que nem passariam na minha linha. Eu atravesso para tropeçar do outro lado. Eu calculo os danos e assumo todos. Eu não deveria estar aqui te contando essa história. Eu sou fatidicamente um acidente que não deu certo.   E vou permanecendo viva, esbarrando hora ou outra em felicidades abundantes. E mais uma vez eu não tenho o menor cuidado com a minha alma. Eu me entrego, me envolvo, amo, cuido, me doo, me reinvento