Vivo em uma eterna provocação. Quando alguém naturalmente se posiciona, desperta nos outros a busca incessante da sua bendita "opinião". Percebo claramente uma massa carente de representações. Pessoas que sentem muito e falam pouco. Talvez por não saber, talvez por assim temer ou quem sabe pra não se comprometer. O fato é: alguém tem que falar . Não sei se você é ativo ou passivo na arte, se é percursor ou é meramente expectador, mas vou falar por mim; me escraviza . Sempre fui a primeira a levantar a mão, a me colocar na frente, a responder de prontidão, a me doer pelos meus, a dissertar sem limites e por ai vai. Carrego em mim um turbilhão de teorias opiniosas e esquisitamente fundamentadas. Porém, o peso das vozes caladas, gritantes na minha cabeça ecoam e sobrecarregam minhas costas, diariamente cansadas pelo peso da idade, pouca, mas que ainda há de vir. Essa obrigatoriedade de ter que “ser” e provar o tempo todo aprisiona os que se dizem livres para fal
E tenho dito, ponto final, paramos por aqui e fim de prosa! Podemos conversar?