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Mostrando postagens de agosto, 2015

Afogando!

Hoje eu acordei desesperada pra escrever, com num impeto de socorro, sem nem pensar se alguém lerá, tanto faz, pouco importa, há tempos venho me afogando sem ninguém perceber! Escrever é minha última tentativa de nadar, de me mover, de sair disso, porque não , eu realmente não gosto  mais daqui.  No começo era bom, era divertido me aventurar nessa água, parecia límpida, segura e eu, imprudente e curiosa pulei de cabeça sem ponderar riscos e profundidade. Bati a cabeça em uma pedra, mas em vez de logo sair dali, enquanto dava pé; Não! Curti o barato da queda, a zonzeira da colisão  e a vertigem que gelidez me causava. Nadei com braçadas fortes. Em dias quentes, como náufraga, me deleitava com a abundância de água doce, matava minha sede momentânea, refrescava-me do calor escaldante,  relaxava-me com o som de suas curvas. Nas noites frias,  na controvérsia do deserto, me aquecia, chegava a arder a pele: eu gostava disso! Sua margem já não me importava mais, eu só queria ir mais