Depois de mais alguns drinques, olhares e passos já cambaleados, propus a ele que fossemos embora. Estava disposta a viver aquela noite com ele. No carro, já rolavam caricias, mãos entrelaçadas e provocações mais explicitas, sugeri que ficássemos juntos– sim, a iniciativa bem resolvida e cheias de riscos foi minha- e ele topou de prontidão. Fomos para casa dele e por um momento me senti tão parte daquilo tudo, como se em algumas horas ele já fosse meu e não tinha a menor intenção de devolve-lo a quem quiser que fosse. Sentei-me no braço do sofá, ele se atirou ao meu lado. Sentia nele uma agonia tão latente, que me angustiava por tabela. Iniciei em silencio uma massagem em seus ombros, cantarolando baixo uma cantiga em seu ouvido. Senti seus músculos aliviando aos poucos e seu semblante suavizando lentamente. Em um determinado ponto, ele me puxou para seu colo e finalmente me beijou com paixão. Começamos a nos despir com uma pressa sem sentido, no meio da loucura, quando fina
E tenho dito, ponto final, paramos por aqui e fim de prosa! Podemos conversar?