Meus dedos estavam ansiosos e meu coração saudoso em se
derramar por letras e versos!
Tenho vivido mais do que escrito, coisa rara de se ver, mas
o velho gosto de romance antigo, é sempre bom de recordar (Salve Bidê ou Balde).
Romancear,
nome deste texto ( acabei de definir) e arte a qual domino com um toque
de desastre.
Ao longo dos anos fui metamorfoseando meu “lance” com o
romance. Hoje, mais maduro e pé no chão, regado com uma pitada sadia de ceticismo
e muita, muita profundidade neste tema.
Dessa maneira, venho romanceando por onde passo. Longe de
ser uma estrita relação homem e mulher ( ou homem com homem, mulher com
mulher, enfim!), o romance é uma filosofia de vida, é uma cor proveniente
de uma infinidade de sentidos, sabores, cheiros e sons. É a forma de encarar a
vida, e por mais patético que parece ser ( ou talvez seja!), enxergar
beleza em todas as circunstâncias e realidades.
Sou do tipo romântica moderna, que acredita nesse papinho
piegas de amor, almas, sinergia e encantamento. Mas fujo dos clichês do “feliz
para sempre”, “amor da vida” e “amar assim, só você”. Não, eu sou do
tipo que acredita em felizes enquanto durar, amores de todas as vidas, vários
amores, várias vidas, amores paralelos, amores simultâneos, amor de novo, igual
ou mais, talvez hoje menos, mas sempre capaz...
Olho as pessoas com bons olhos, me romanceio com suas atitudes,
me comove, me inspira, me alegra a alegria alheia.
Sou espectadora de beijos demorados, abraços
estranguladores, olhares magnetizados, mãos que se procuram, sorrisos
encabulados, mordidas nos lábios em sinal de rubor, brincadeiras beirando ao ridículo,
mas meu amigo, o que mais ridículo do que amar de novo? Depois de tudo? Recomeçar?
É patético! Pateticamente humano, deliciosamente divino.
A beleza está onde queremos enxerga-la, eu quero vê-la em
tudo.
“I want your ugly
I want your disease
I want your everything
As long as it's free
I want your love
(Love-love-love I want your love)
I want your drama
The touch of your hand
I want your leather-studded kiss in the sand
And I want your love…”
Vital, V.
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