Nada move mais o ser humano, desde que o mundo é mundo,
do que a busca do auto entendimento.
Vivemos numa busca constante dos próprios lares, das
próprias convicções e de nossas verdades.
Sei que o tema é complexo e muito enraizado, singular e
nada genérico, mas ainda assim, arrisco-me a falar sobre; Por diversas vezes
nos encontramos em uma viagem interior, como se adentrássemos uma aeronave e
embarcássemos em uma jornada ao desconhecido. Ora escuro, no breu, ora cheia de luz e coisas lindas.
Sempre que resolvo me entender, visualizo meu interior
como o universo, cheio de galáxias inabitadas. Uma viagem solitária e, porque
não, assustadora.
Deparar-se com os próprios demônios não é nada fácil -
tampouco agradável-; Pousar na galáxia dos medos então, desesperador.
Navegar pelos sonhos, desejos secretos, recordações e
certezas também pode ser perigoso. A limpeza interior, a lapidação da alma são
tarefas árduas e dolorosas. Mexem diretamente na nossa estrutura.
Arrancar as ervas daninhas do coração, faz sangrar, e não
é todo dia que queremos faze-la! Mas é necessário, se não, do contrário,
todo nosso ser vai se envenenando e
sendo tomado de coisas ruins.
A vida nada mais é do que essa eterna busca de si, um
auto resgate, do conhecer-se, um novo encontro e nem sempre estamos preparados
para isso. Porém, quando aprendemos nossos acessos e caminhos, todo o externo
se torna mais simples, pois a riqueza interior é tão imensa que transcende e se
sobressai a todas as adversidades.
Quando estamos em paz, mesmo que em construção, pouca
coisa nos abala, nos derruba ou nos enfraquece.
Uma dose de paciência, alicerçado a uma dose maior de persistência,
potencializam esse convergência "eu -eu mesmo" e nos impulsionam para
a próxima fase dessa viagem, que honestamente, não pode cessar.
Vital.V.
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