Em uma geração de pessoas que se buscam o tempo todo, é
constante trombarmos com uma leva de perdidos.
Saímos na caçada dos iguais, dos melhores, dos perfeitos, dos
belos, dos inteiros. Busca-se tanto, que já nem sabe-se mais o ponto de
partida.
É engraçado a exposição das pessoas nas redes sociais (não que
eu não faça o mesmo, que fique claro!), a necessidade de serem, de terem, de
mostrarem, de se venderem.
Uns com preços muito alto, quase inatingíveis, outros tão
baratos a troco de bala. Mas quem estipula o preço? Fácil. Os valores de quem
compra.
Estereótipos e personagens vem alicerçar e mascarar a relação do
“sou/quero ser”. Na internet, você é quem decidir ser. Ora o pervertido, ora o
romântico, ora o descolado, ora o conservador.
O lance é que ninguém é um. Somos um todo, composto de todas
essas realidades e é isso que nos torna interessantes. Se as pessoas
entendessem que seus defeitos, limitações, magoas, traumas, medos e lacunas as
tornam interessantes, deixariam de esconde-las em baixo do tapete e veriam que
a beleza está nisso, no fato desse espaço aberto ser exatamente a medida
necessário para o outro entrar.
Não somos inteiros, ainda bem! Não somos perfeitos, ainda bem!
Não precisamos disso para sermos uma “boa pedida”!
Por uma geração que não deseje ser comprada e sim desejada! Pela
troca do “vende-se” pelo “entrega-se”!
Vita,V.
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ExcluirComo é raro encontrar blogueiras interessantes há em dia. Li diversos textos aqui. Parabéns o conteúdo é ótimo. Boa semana
ResponderExcluirSeja muito bem vindo José! Obrigada, aqui a prosa não tem fim ;)
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