Vem e vai, não pode ter fim. Nós não pontuamos, nunca
finalizamos, deixamos a porta entre aberta, pra que de alguma maneira sempre
tivéssemos acesso um ao outro.
Sempre enfatizo que sou ótima em iniciar relações mas péssima
para finaliza-las, talvez porque eu sempre acredite que podemos ir um pouco
mais; pecado meu, reconheço.
Seu gosto nunca senti, mas não sai do céu da minha boca, como
aquele doce que desejamos tanto, que conseguimos sentir a dor da ausência sem
nem sequer ter provado. E teu sorriso? Escrachado, estampado, sarrista e sem
vergonha. Odeio a forma que me constrange, odeio a forma que derrete, odeio
gostar tanto dele. Nosso papo sempre fluiu, que nem água, mas água de queda,
daquelas agitadas, cortantes e agressiva.
Nossa acidez sempre combinou tanto que nos repeliu nesses anos
todos. Mas você insiste em voltar, e quer saber? Agora vou te pegar, te
agarrar, te sugar, te morder, te sentir, te viver, te tocar, te prender, te
desvendar, te absorver. Depois pode ir embora, a porta sempre estará aberta,
entre sem bater, sempre funcionou assim com você...
Vital,V.
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