Hoje eu resolvi te esquecer.
Sabe, quando ama-se demais, doa-se demais,
entrega-se demais, desgasta-se demais e por fim, machuca-se demais.
Acho injusta a lógico do amor, veja só: sempre
que não escolhemos amar alguém, que sobressai a nossa vontade e a nossa
lucidez, esse, justo esse amor, é que nos exige escolha em esquecer.
O velho cliché do “eu odeio o fato de não
conseguir te odiar”. Poxa, eu deveria. Você é detestável, não faz bem, não é
tudo isso -é tão pouco, abaixo na média –e foram todas essas imperfeiçoes e deficiências,
essas carências, essas lacunas vazias implorando por amparo, que me fizeram de
quatro por você. E agora? De quatro, engatinha-se em busca de salvação; Eu sabia que ia me dar
mal, você é o avesso do que faz bem – eu sei, você me avisou, mas
parecia tão sexy e desafiador no inicio – e agora preciso me livrar de você e
de todo o estrago que fez em mim.
Hoje, eu decidi dizer não. Não para seu sorriso (lindo!), não para seu
abraço, não para o papo divertido e cheio de malícia, não para a pausa para o café, não para a
mensagem de bom dia, não para os planos até o final do ano, não para a corridinha fim de dia, não para meu
impulso de forjar um encontro casual no corredor para você me dar uma piscadinha
e uma troca rápida de provocações, não para seu
jogo sujo, não para seu domínio mental sobre mim, não para sua grosseria gratuita, não para forma
que você me levanta no pedestal mais alto e me arremessa sem dó, não para sua síndrome de Peter Pan e o fato de não crescer nunca.
Hoje você não vai me ter, hoje você não vai me reter e, por decisão, hoje
você não vai me descartar. Eu digo meu primeiro, talvez único e definitivo não para você. Hoje eu NÃO quero mais você.
Vital, V.
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