Pulando de galho em galho nas emoções,
nunca observei uma dimensão até então não vivida por mim. A da inércia sentimental;
Como num filme, onde você enxerga as coisas
de fora, há algum tempo não consigo me envolver nas minhas próprias histórias.
Talvez esse texto pareça confuso, e de fato
ele é! Sempre escrevi o que minha alma transborda, ou seja, você já entendeu...
Tenho sobrevoado vidas (a minha, alheias,
enfim...) e percebido um certo estado de indiferença não proposital. Nada me toca, nada me
emociona, nada me atinge e essa ausência total, quase que me aflige (quem dera me aflige-se).
Coisas erradas ficam ali, encostadas no
canto, empoeirando, me dá fadiga de mexer, de resolver, meu ímpeto de escoteira
está com preguiça. Tenho sono de pessoas, os prazeres estão com um excesso de água,
não tão sápidos quanto antes.
As tristezas, mornas como um chá esquecido,
não são suficientes nem pra marejar os olhos. A raiva? Ah que saudades de
senti-la, aquela que corrói, que maltrata, pontiaguda, Não me faz nem
cosquinha agora, que pena.
O amor sempre calmo, mais manso e
inofensivo do que nunca, está aqui, inerente e sossegado como um bebê em seu
sono tranquilo. Ciúmes, esse ainda reage, ele luta pra se manter latente,
afinal, meu monstrinho particular foi alimentado por anos, não perderia sua
força total assim, em uma crise de inércia qualquer.
Não sei o prazo de validade dessa babaquice
toda, mas estou rezando para algo tocar meus brios e me tirar do sério. Tem
remédio pra isso doutor?
Vital,V.
Me sinta assim até 48horas atrás. Foi quando encontrei O Blog, com A Escritora.
ResponderExcluirObrigado