Pular para o conteúdo principal

Homo Sapiens

Hoje o texto é teen, leve, cliché e bem humorado. Vamos falar de um assunto, pauta de todas, unânimes, reuniões femininas (e porque não gays?) da sociedade: Homens!
Uma pausa para um suspiro-, um gole de café -forte e sem açúcar - lá vamos nós!
Homem, Homo sapiens, do latim "homem sábio" - palavra simples mas de entendimento complexo. Ao contrário do que se pensa, os homens são criaturas de fácil leitura, eles não tem muitas páginas além do que  apresentam e o que querem é mais simples do que se cogita;
Não sou perita no assunto, mas muito observadora e perceptiva e é nítida a fórmula secreta do sexo masculino: auto realização, admiração, sexo e condição!
Poxa, mas eles são seres tão simplórios assim? Não, claro que não, porque quando trate-se do ser humano, tudo é cabível e possível, porém dentre todas as formas, tipos, cores e sabores, existem necessidades nos homens,  semelhantes e paradoxais.
Eles precisam de auto afirmação em todos os âmbitos da vida. O que os difere, são os seus anseios e o níveis de ambição;
No quesito relacionamento, os homens buscam admiração, seja ela física ou mental. Eles são atraídos pelo que é belo aos olhos, ouvidos e todos os outros sentidos. Eles precisam admirar suas parceiras e mostrar isso aos seus, de alguma maneira.
Ela pode ser linda, exuberante, encantadora, mas  pode também ser inteligentes, engraçadas, independentes e muito brava. Seja lá qual for a característica que o atraiu, é ela que precisa se manter viva e pulsante pelo bem da relação.
Ele te ama meu bem, mas ele precisa do tempo dele, do seu encontro com o videogame, de sua cerveja com outro papo, comer pizza com a mão, acompanhar o campeonato brasileiro e o europeu também, ele vai ter saudade da comida da mãe, suas roupas ficarão bem no canto no quarto emboladas, fazer piadas sujas no seu ouvido em momentos impróprios, não ter paciência para delongas no celular, responder OK ao seu longo texto de planejamento de férias e até mesmo falar alguns palavrões. Não sofra com isso, não lute contra, aceite o que ele é e suas dores de cabeça diminuirão significativamente.
Nós mulheres somos densas demais e ansiamos tudo ao mesmo tempo, queremos o cafajeste que  nos amarram na cama e nos domina como meninas, que decida onde será o próximo jantar, mas que abra a porta do carro e coloque no rádio aquela bossa que adoramos. Queremos um homem que se dedique piamente ao trabalho e lute por um futuro próspero por nós, mas que tenha tempo de malhar e desenvolva toda a malevolência dos jogadores de futevôlei da praia da Barra, que passam os dias ali, jogando e flertando com as pseudo -gostosas. Queremos que ele seja sério, mas que tenha bom humor. Eles tem que ser respeitosos, mas devem adivinhar quando queremos uma mão no traseiro e uma frase sacana no ouvido. Enfim, chega, sabe? Pra que tudo isso? Se quando ele sai do banho de cabelo molhado, bagunçando com a toalha, todas as suas exigências caem por terra e você só quer estar ali, com ele, por ele, pra ele.
Essa utopia do cara perfeito é falida, porque nem nós mesmas sabemos definir a tal perfeição; Vamos deixar viver o sentimento, despolido e desprovido de paradigmas e estereótipos.
Afinal, Homo Sapiens real,  é aquele que mesmo com suas manias insurportavelmente normais, ainda assim, convence diariamente a sua escolhida de que o simples fato de estarem juntos é o mais perto da perfeição que se possa chegar.



PS: Se eles são todos iguais, que escolhamos os mais... Ah, deixa pra lá!rs



Vita, V.

Comentários

Os queridinhos.

Eu precisava ter...

Eu precisava ter sido a última a ser escolhida para a festa junina durante toda a minha infância. Eu precisava ter tropeçado na quadra durante a educação física no último ano do Fundamental e feito todos os garotos darem risada. Eu precisava ter presenciado cenas de agressão física e moral dentro da minha casa. Eu precisava ter visto minha mãe chorar durante noites a beira da minha cama. Eu precisava ter deixado uma mala pronta no armário ao longo dos anos, caso precisasse fugir repentinamente. Eu precisava ter ouvido que eu não podia ir à casa da Vanessa, pois a mãe dela não aceitava colegas com pais separados. Eu precisava ter sido excluída da lista da festa de debutante da Dai pois não atendia ao padrão estético das outras meninas. Eu precisava ter me sentido a pior das garotas. Eu precisava ter enfiado o dedo na gargant a diversas vezes, pois tinha ódio do meu corpo e vergonha de mim. Eu precisava ter me submetido a relacionamentos abusivos por não me sentir dign

Eu chorei pelo sistema.

Uma tarde fria de um domingo qualquer. Tudo acontecia lá fora como sempre aconteceu. As horas passavam, as pessoas grassavam gozando do seu direito de ir e vir, a fome assentava, o medo imperava, a angústia antecedente a segunda adentrava, enfim... Só mais um dia “normal”. E eu chorei.     Não no sentido poético, não de forma alegórica. [ Foi literal, foi visceral] Venho chorando desde então   - dia após dia -   de forma lancinante e,  desculpem-me a sinceridade, mas um tanto quanto colérica. Eu já chorei com Homero, Virgílio e Cervantes. Também com Drummond, com Flaubert e Assis. Hoje eu choro com Coetzee, Trotsky, Amendola, Bakunin e Marx. {Choro as lágrimas de Brecht.} Choro o sangue de Spies ,Parsons, Fischer e Engel.   Choro  ainda mais pelo João, pelo Zé, pelo Sr. Pedro, pela Dona Maria, pela Luisa, pelo Oswaldo, pelo (...) . Choro pelos meus filhos – pobrezinhos - que nem gerados foram e já estão condenados a exploração. Choro pela injustiça masca

E de repente passa...

E de repente passa... A dor que esmagava o peito, tirava o ar, embrulhava o estômago, passa... A saudade que mastigava, que corroía, que desbaratinava  simplesmente passa... O medo que cegava, que infiltrava, que assombrava... Passa também! E tudo aquilo que achávamos que nos mataria, vai se esvaindo, assim, como um copo trincado que perde lentamente a água e quando nos damos conta, já está vazio. Eu me esvaziei de você e nem me dei conta. Quando lembrei de ter saudades, eu já não a tinha mais. Deve ter pulado para outro coração. A tristeza já não mora mais aqui e eu não sei de seu paradeiro. Espero que ninguém encontre. E você, que era meu tudo, simplesmente não é  mais nada. Nada além de um vazio gigante que ficou no lugar de sua partida. Não dói, não fere, nada. Só é estranho, esquisito não ter você aqui me tirando o sono. Essa paz ensurdecedora é nova, preciso me adaptar a ela, afinal, por longo período, a única coisa que conhecia de cabo a rabo era o mal que me fa