Tenho
me deparado frequentemente com os limites da fragilidade humana.
Curioso
como o homem (em espécie, não sexo) se diz tão superior as outras vidas do
universo, sem se dar conta do quão facilmente se desmontam.
Pessoas
cheias de si, cheias de razão, cheias de princípios, cheias de tudo – caem por
terra quando se deparam com o espelho e são ferozmente golpeados pelo que
enxergam.
Somos
recipientes vivos, frágeis a tudo que depositam ou tiram de nós. Mesmo os mais
blindados e aparentemente fortes guerreiros, tem seu calcanhar de Aquiles e
basta tocarmos exatamente ali que o império vem abaixo.
Acho
presunçoso ao extremo achar que estamos prontos ou que não precisamos de nada e
nem ninguém. Claro que o contrário disso também é prejudicial se encarado em
excesso. Estamos numa gangorra de extremos entre uma sociedade carente e outra
completamente gélida.
Reconhecer-se
humano é o primeiro passo para evolução e enfrentar as próprias fragilidades é
a maior prova de coragem que se possa ter. O grande desafio da espécie é
encontrar formas de lidar com tais limites, e a graça é supera-los, sucumbir as
próprias barreiras dá um tesão a mais.
Perceber
que a solidão não deve significar caos e sim paz, porque nada deve ser mais
prazeroso do que a própria companhia. Entender que somos inteiros e não
fragmentos, carentes de eterno afago e compensação.
Temos
tão pouco tempo, para preenche-lo com tantos medos e apegos. Ah e são tantos...
Apego aos nossos traumas, aos nossos pecados, aos nossos “não consigo”/”não
posso”, aos erros, apego inclusive, ao próprio medo.
Viver
exige coragem e uma boa dose de insanidade comedida. E ser corajoso, é sim, uma
questão de escolha.
Opte!
Vital.
V
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