As vezes entro em estado de letargia. Fico observando – e
absorvendo- pessoas e seus comportamentos; gosto dos triviais, acredito que na
rotina se esconde certa magia.
Porém, infelizmente, ha também tanta mentira. Milhares de beijos, abraços,
apertos de mãos... Todos tão cheios de nada. Muita gente se tolera por
conveniência. Falta verdade, falta entrega, falta coragem pra ser e sentir o
que se é de fato.
As conversas andam tão repetitivas e cada vez mais, as perguntas
se dão por obrigação, sem nenhum interesse real nas respostas. Somos uma porção
de singulares sem noção nenhuma do coletivo. Amontoados, descabidos,
enroscados e desprotegidos.
Quisera eu poder sentar e ouvir todas as pessoas. Perguntar o
verdadeiro:” Tudo bom com você?” e olhar atentamente aguardando a resposta de dentro sabe? Pra então ser mútuo, pra ter essência.
Mas não posso, sou pouca, sou escassa.
Rogo ao Céu uma geração nova, de corações quentes, de gente que
é gente, que se importa, que se doa, que se ama.
Desculpe meu romantismo batido, piegas e facilmente derrubado.
Eu até tento enterrá-lo, sucumbi-lo para me manter no sistema, mas ele
simplesmente renasce toda vez que entro nesse estado de letargia! E observo, e
absorvo...
Vital, V.
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