Eram tantos papos disponíveis por ai; tinha
blues, tinha Picasso, tinha Leminski ( Ahh Leminski!) e também tinha Caetano. Pintava
astrologia, tropeçava em geopolítica e
me encantava com cordel. Todos me enchiam os olhos e abriam o apetite, mas ainda
assim, eu quis o seu. Era simples, despretensioso, trazia previsão do tempo, os heróis dos
quadrinhos, suco de caju, música brega que sacoleja por dentro e um romantismo
quase velado.
Haviam também sorrisos vagando por ai. Sempre
tive queda por essa curva suave cheia de significado que temos no rosto e
mais ainda pelo poder de transfigurar feições que ela carrega. Vi um mais
bonito que o outro: convidativos, insinuantes, maliciosos e cativantes. Mas ainda
assim, escolhi o seu, que se abria pelo simples fato da minha chegada.
Sei que de todos os abraços que
experimentei, no seu, eu cabia inteira e não tinha vontade de sair. E de todos
os beijos, o seu me tocava a alma. Todos os toques, o seu arrepiava cada fio do
meu corpo e de todas as vozes, a sua, mil vezes a sua que era carinho para meus
ouvidos.
E foi assim, que dentre tantas histórias
lindas que cruzaram meu caminho, eu quis a sua, pra dividir a minha e construir
a nossa.
Você foi e é, de longe e de perto, a minha
melhor e mais bonita escolha.
Vital,V.
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